O processo da morte de Sara Carreira sofreu um novo e inesperado retrocesso. A juíza do Tribunal de Instrução Criminal de Santarém viu várias nulidades na acusação e exige que o inquérito seja refeito. Portanto, um recuo muito grande em todo o processo e que, certamente, volta a arrasar os pais da jovem cantora, que nunca mais veem este assunto fechado.
Foi a 5 de dezembro de 2020 que Sara Carreira perdeu a vida, na sequência de um trágico acidente de carro. Mais de 14 meses depois, o assunto continua em Tribunal e vai continuar.
De acordo com o despacho, juíza Ana Margarida Fernandes considerou alguns erros no inquérito do Ministério Público. Apesar de Cristina Branco e Ivo Lucas serem dados como arguidos não foi especificado se são acusados de homicídio por negligência simples ou negligência grosseira, o que configura uma nulidade da acusação, segundo o despacho.
Outro problema encontrado pela juíza no inquérito tem a ver com o outro condutor, Paulo Neves, que estava embriagado e teve o primeiro acidente. Então, neste ponto, os pais de Sara Carreira – Tony e Fernanda – que são assistentes no processo invocam negligência grosseira deste condutor, que seguia com 1,18 g/l de álcool no sangue, mais do dobro da taxa permitida por lei.
Foi este acidente que desembocou nos restantes choques e, finalmente, no acidente fatal de Sara. No entanto, o Ministério Público não foi claro: diz que foi Paulo Neves que despoletou todo o acidente, por “condução perigosa de veículo rodoviário”, mas não desenvolveu. Nem arquiva este acidente, nem acusa o condutor.
Assim, com dois erros graves, a juíza considerou “nula” a acusação do Ministério Público, a quem pede para refazer o inquérito. Agora, terão que ser específicos e rigorosos nestes dois pontos, segundo o Jornal de Notícias:
Os condutores Cristina Branco e Ivo Lucas cometeram negligência simples ou grave?
O condutor Paulo Neves está ou não acusado de homicídio negligente ou de condução perigosa?
