Os ucranianos sofrem com as agressões russas. Muitos estão a perder as vidas, a ficar feridos, a ver o país destruído. Outros fogem, são quase dois os milhões de refugiados. No entanto, não são as únicas vítimas desta guerra. Na Rússia, muitos lutam contra o governo cada vez mais opressor e tentam impedir que esta guerra continue.
Também, eles são corajosos, quando são conhecidas tantas histórias sobre opositores de Vladimir Putin. Milhares de civis russos já foram detidos, por se manifestarem, as condenação são de vários anos de prisão, para quem se continuar a opor ao regime instituído. Outros estão já a fugir do país, por temerem que a guerra acabe por invadir as suas fronteiras.
No entanto, há ainda muitos resilientes, que continuam a ir para as ruas e a fazerem ouvir as suas vozes. Em São Petersburgo, as imagens chegam a ser chocantes. Milhares de russos ecoam, alto e bom som, gritos de apoio à Ucrânia. São civis que sabem perfeitamente o que está a acontecer do outro lado da fronteira e lutam para que isso pare.
“A Ucrânia não é nossa inimiga”, gritam os russos. Um grito de enorme coragem, uma resiliência contra um governo que os está a isolar do mundo, com as sanções exteriores, mas também, por eles mesmos. Os russos não têm acesso a vários serviços, alguns cortados pelas tais sanções, mas muitos, como de media ou redes sociais, são cortados pelo governo, para que não tenham acesso ao que se passa realmente na Ucrânia.
